quinta-feira, 25 de abril de 2013
O perigo do alcoolismo.
Alcoolismo e abuso de álcool
Compartilhar:Conteúdo exclusivo para o iG no Brasil e usado pelos
Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos
Definição
O alcoolismo (dependência de álcool) e o abuso de álcool são duas
formas diferentes de problemas com bebida alcoólica.
O alcoolismo ocorre quando a pessoa mostra sinais de dependência
física do álcool (tolerância e abstinência, por exemplo) e continua a
beber, mesmo com problemas relacionados à saúde física, mental e
responsabilidades sociais, familiares ou profissionais. O álcool pode
passar a dominar a vida e os relacionamentos da pessoa.
No caso de abuso do álcool, o hábito de beber causa problemas, mas não
dependência física.
Nomes alternativos
Dependência de álcool; abuso de álcool; problemas com bebida alcoólica.
Causas, incidência e fatores de risco
Não há uma causa conhecida para o alcoolismo ou o abuso de álcool. O
motivo de algumas pessoas beberem de maneira responsável e nunca
perderem o controle de suas vidas enquanto outras são incapazes de
controlar o hábito de beber ainda não foi determinado.
Algumas pessoas conseguem controlar o abuso de álcool antes que ele se
transforme em dependência, enquanto outras não conseguem.
Ninguém sabe quais daqueles que abusam do álcool conseguirão ou não
recuperar o controle, mas a quantidade de álcool que uma pessoa ingere
pode influenciar na probabilidade de se tornar dependente.
Pessoas com risco de desenvolver o alcoolismo:
Homens que tomam 15 ou mais doses de bebida alcoólica por semana
Mulheres que tomam 12 ou mais doses de bebida alcoólica por semana
Qualquer pessoa que tome mais de cinco doses de bebida alcoólica por
vez pelo menos uma vez por semana
Uma dose de bebida alcoólica equivale a uma garrafa de cerveja de 350
ml, uma taça de vinho de 150 ml ou uma dose de 45 ml de bebida
destilada.
Já foram identificados diversos outros fatores de risco relacionados
ao abuso e à dependência de álcool. Uma pessoa que tenha pai ou mãe
alcoólatra, por exemplo, tem mais chances de se tornar alcoólatra que
uma pessoa sem casos de alcoolismo em familiares de primeiro grau.
Outras pessoas que podem ter mais chances de abusar do álcool ou de se
tornarem dependentes:
Pessoas que sofrem pressão de colegas, principalmente adolescentes e
universitários
Pessoas com depressão, transtorno bipolar, transtornos de ansiedade ou
esquizofrenia
Pessoas com fácil acesso ao álcool
Pessoas com baixa autoestima ou problemas de relacionamentos
Pessoas que têm um estilo de vida estressante
Pessoas que vivem em uma cultura em que há grande aceitação social do
uso de álcool
As pesquisas sugerem que determinados genes podem aumentar o risco de
alcoolismo, mas quais são esses genes e como eles funcionam ainda não
se sabe. A prevalência do consumo de álcool e os problemas
relacionados estão crescendo.
Sintomas
Sinais de depedência física:
Doenças relacionadas ao álcool
Necessidade de quantidades cada vez maiores de álcool para ficar
embriagado ou atingir o efeito desejado (tolerância)
Lapsos de memória (amnésia) depois de beber em excesso
Sintomas de abstinência quando o uso de álcool é interrompido
Possíveis sintomas e comportamentos do alcoolismo:
Continuar a beber, mesmo quando a saúde, a família ou o trabalho estão
sendo prejudicados
Beber sozinho
Episódios de violência depois de beber
Hostilidade quando confrontado sobre seu hábito de beber
Falta de controle sobre o hábito de beber - a pessoa é incapaz de
parar ou reduzir o consumo de álcool
Criar justificativas para beber
Faltar no trabalho ou na escola ou apresentar queda de desempenho
Não participar mais de atividades por causa do álcool
Necessidade de consumo diário ou regular de álcool para ser capaz de
realizar funções básicas
Esquecer de comer
Não se importar com a aparência física
Comportamento dissimulado para esconder o uso de álcool
Tremedeiras durante a manhã
Para saber mais sobre os sintomas físicos do abuso de álcool, consulte também:
Doença hepática alcoólica
Cirrose
A abstinência de álcool ocorre porque o cérebro se adapta ao álcool e
não consegue funcionar sem a droga.
Exames e testes
Todos os médicos devem perguntar a seus pacientes sobre o hábito de
beber. O médico pode conseguir um histórico com a família se a pessoa
afetada se recusar ou for incapaz de responder às perguntas. Um exame
físico é feito para identificar problemas físicos relacionados ao uso
de álcool.
Você dirige depois de beber?
Você tem que beber mais agora que no passado para ficar embriagado ou
atingir o efeito desejado?
Você já achou em algum momento que deveria diminuir seu consumo de álcool?
Você já teve episódios de amnésia depois de beber?
Você já faltou ao trabalho ou perdeu um emprego por causa do hábito de beber?
Alguém da sua família está preocupado com seu hábito de beber?
Testes para o abuso de álcool:
Exame toxicológico ou teste do nível de álcool no sangue (este teste
pode indicar se alguém ingeriu álcool recentemente, mas não
necessariamente confirma o alcoolismo)
Hemograma completo
Nível de folato
Testes de função hepática
Magnésio sérico
Proteína total
Ácido úrico
Tratamento
A abstinência é definida como a privação completa do uso de álcool. A
abstinência total e evitar as situações de alto risco em que o álcool
está presente são os objetivos ideais para as pessoas com alcoolismo.
Um círculo social forte e o apoio da família são muito importantes
para chegar a esse ponto.
Algumas pessoas com problemas de abuso de álcool podem conseguir isso
apenas reduzindo a quantidade de álcool ingerido (moderação). Se a
moderação der resultado, o problema estará resolvido. Caso contrário,
a pessoa deve tentar a abstinência.
Interromper completamente o consumo de álcool e depois permanecer
abstinente é difícil para muitos alcoólatras. Alguns profissionais,
mas não todos, optam por tratar o alcoolismo como uma doença crônica.
Isso significa que os pacientes devem esperar que ocorra recaídas e
aceitá-las, mas devem tentar permanecer o maior período possível sem
beber.
INTERVENÇÃO
Muitas pessoas com problemas relacionados ao álcool não conseguem
perceber quando o hábito de beber ficou fora de controle. Antigamente,
os profissionais responsáveis pelo tratamento acreditavam que os
alcoólatras deveriam ser confrontados sobre o seu problema com bebidas
alcoólicas. Hoje as pesquisas mostram que a compaixão e a empatia são
mais eficazes.
A abordagem ideal é ajudar o alcoólatra a perceber o quanto o abuso de
álcool está prejudicando sua vida e a das pessoas a seu redor. O foco
deve ser a meta pessoal de levar uma vida sóbria e mais gratificante.
Estudos concluíram que uma quantidade maior de pessoas aceita fazer
tratamento se seus familiares ou funcionários são sinceros sobre as
preocupações e tentam ajudar os alcoólatras a enxergar que a bebida
está impedindo que eles atinjam seus objetivos.
ABSTINÊNCIA
A melhor maneira de conseguir a abstinência do álcool é estar em um
ambiente controlado e supervisionado em que alguns medicamentos
aliviam os sintomas. Essa abstinência supervisionada, também chamada
de desintoxicação, geralmente leva de quatro a sete dias.
Também devem ser feitos exames para detectar outros problemas médicos.
Problemas no fígado e de coagulação do sangue, por exemplo, são comuns
em pessoas com alcoolismo.
Podem ocorrer complicações na abstinência não supervisionada, como o
Delirium Tremens (DT) que pode ser fatal.
Depressão ou outros transtornos de ansiedade ou de humor podem se
manifestar depois que a pessoa não está mais sob efeito de álcool,
devendo ser tratados imediatamente.
Consulte Abstinência de álcool para obter mais informações.
RECUPERAÇÃO A LONGO PRAZO
Após a desintoxicação, programas de reabilitação ou recuperação do
álcool podem ajudar as pessoas a permanecerem longe do álcool. Esses
programas geralmente oferecem aconselhamento, orientação psicológica,
enfermeiros e assistência médica. A terapia envolve educação sobre o
alcoolismo e seus efeitos.
Muitos dos membros da equipe dos centros de reabilitação são
alcoólatras em recuperação que servem de exemplo a ser seguido. Os
programas podem ser hospitalares, em que os pacientes moram na local
durante o tratamento, ou podem ser ambulatoriais, em que os pacientes
participam do programa, mas moram em suas casas.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) utiliza uma abordagem de
aprendizado estruturada e pode ajudar as pessoas com alcoolismo. Os
pacientes recebem instruções e tarefas para fazer em casa a fim de
melhorar a habilidade de lidar com as situações básicas da vida,
controlar seu comportamento e mudar a forma como eles enxergam o
álcool.
Para evitar recaídas, às vezes são receitados medicamentos. Eles
geralmente são usados junto com a terapia cognitivo-comportamental ou
um programa de recuperação contínuo.
O acamprosato é um medicamento que já demonstrou diminuir a taxa de
recaída nas pessoas dependentes de álcool
O dissulfiram provoca efeitos colaterais muito desagradáveis se você
beber, mesmo que seja uma pequena quantidade de álcool em até duas
semanas após tomar o medicamento
A naltrexona diminui a ânsia por álcool. Ela está disponível em forma injetável
Não é possível tomar estes medicamentos em caso de gravidez ou
determinados problemas médicos. O tratamento a longo prazo com
orientação psicológica e grupos de apoio geralmente é necessário. A
eficácia dos medicamentos e da orientação psicológica varia.
É importante que o paciente possua uma situação de moradia que o ajude
a se manter sóbrio. Algumas áreas possuem residências que propiciam um
ambiente de apoio para as pessoas que estão tentando permanecer
sóbrias.
Grupos de apoio
Os grupos de apoio existem para ajudar as pessoas a lidar com o
alcoolismo. O Alcoólicos Anônimos é um grupo de autoajuda para
alcoólatras em recuperação que oferece apoio emocional e um modelo de
abstinência para as pessoas que estão se recuperando da dependência de
álcool. Existem unidades locais do grupo em todo o Brasil em diversos
países.
Os membros do AA:
Recebem um modelo de recuperação testemunhando as conquistas dos
membros sóbrios do grupo
Possuem ajuda disponível 24 horas por dia
Aprendem que é possível participar de eventos sociais sem beber
Como o alcoolismo pode afetar também as pessoas próximas ao
alcoólatra, os familiares geralmente precisam de orientação
psicológica. O Al-Anon é um grupo de apoio para cônjuges e outras
pessoas afetadas pelo alcoolismo de alguém próximo. O Alateen fornece
apoio a adolescentes filhos de alcoólatras. Se você não gostar do
programa de 12 passos, existem diversos outros grupos de apoio.
Evolução (prognóstico)
Somente 15% das pessoas com dependência de álcool buscam tratamento
para a doença. Beber novamente após o tratamento é muito comum, por
isso é importante ter sistemas de apoio para conseguir lidar com os
lapsos e garantir que eles não se transformem em uma recaída total.
Os programas de tratamento apresentam taxas de sucesso variáveis, mas
muitas pessoas com dependência de álcool conseguem manter a
abstinência.
Os pacientes que alcançam a abstinência total possuem uma taxa maior
de sobrevivência, boa saúde mental e melhoram seu casamento. Eles
também se tornam pais e funcionários mais responsáveis que as pessoas
que continuam a beber ou têm recaída.
O alcoolismo é um grande problema social, econômico e de saúde
pública. O álcool é um fator presente em mais da metade de todas as
mortes acidentais e em quase metade de todas as mortes por acidentes
de trânsito. Uma grande porcentagem de suicídios envolve o uso de
álcool junto com outras substâncias.
As pessoas que abusam ou são dependentes do álcool têm mais chances de
ficar desempregadas, se envolver em casos de violência doméstica e ter
problemas com a lei (como dirigir embriagado).
Complicações
Complicações para o cérebro e o sistema nervoso:
Degeneração do cérebro e demência
Depressão e suicídio
Danos aos nervos
Grande perda de memória
Síndrome de Wernicke-Korsakoff
Câncer de laringe, esôfago, fígado ou cólon
Delirium Tremens (DT)
Distúrbios do trato digestivo:
Sangramento do esôfago
Doença hepática (hepatite alcoólica e cirrose do fígado)
Pancreatite
Desnutrição, porque as vitaminas não são absorvidas corretamente
Outras complicações:
Dano ao músculo do coração
Hipertensão
Insônia
Dificuldade de obter ereção (nos homens)
Suspensão da menstruação nas mulheres
Doenças sexualmente transmissíveis
Violência
O consumo de álcool durante a gravidez pode causar graves defeitos de
nascença. O mais sério deles é a síndrome alcoólica fetal que pode
provocar retardo mental e problemas de comportamento.
Uma forma mais leve da doença que ainda pode causar problemas para
toda a vida é chamada de efeitos do álcool sobre o feto.
Ligando para o médico
Se você ou alguém que você conhece tiver dependência de álcool e
apresentar confusão intensa, convulsões, sangramentos ou outros
problemas de saúde, dirija-se a um pronto-socorro ou ligue para um
número de emergência local como o 192.
Consulte o Guia de Primeiros Socorros do iG Saúde e saiba com agir em
caso de emergência
Prevenção
Programas educacionais e aconselhamento médico sobre o abuso de álcool
podem ajudar a diminuir o abuso e os problemas relacionados. A
dependência do álcool precisa de um gerenciamento mais intensivo.
O Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo dos Estados
Unidos recomenda que as mulheres não tomem mais que uma dose de bebida
alcoólica por dia e os homens não tomem mais que duas por dia. Uma
dose de bebida alcoólica equivale a uma garrafa de cerveja de 350 ml,
uma taça de vinho de 150 ml ou uma dose de 45 ml de bebida destilada.
Referências
Kleber HD, Weiss RD, Anton RF Jr., George TP, Greenfield SF, Kosten
TR, et al. Work Group on Substance Use Disorders; American Psychiatric
Association; Steering Committee on Practice Guidelines. Treatment of
patients with substance use disorders, second edition. Am J
Psychiatry. 2007;164:5-123.
Copiado da internet. (ig saude)
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